Ponte Rovúbué Reaberta.

PONTE ROVÚBUÈ REABERTA
 PARCIALMENTE

-ANE pede cumprimento rigoroso das normas de transitabilidade

SETE meses depois, a transitabilidade na ponte sobre o rio Rovúbuè, que liga a cidade de Tete e vila de Moatize, foi (03) hoje reaberta numa faixa apenas para viaturas com peso até três toneladas e meia fruto da reposição completa do pilar número quatro que havia se deslocado completamente face a fúria das águas. 

Em declarações à imprensa, momentos após a reabertura, o Director-Geral de Administração Nacional de Estradas (ANE), César Macuácua, explicou que o acto marca o término duma fase das obras de reparação e reabilitação e o início da outra:
“Com esta reabertura condicionada acreditamos que o sofrimento dos munícipes será reduzido pois 80 por cento das viaturas que por aqui passam são transportadoras de 15 lugares. Naturalmente teremos passagem alternada de 10 a 15 minutos por cada lado ou menos tempo que isso bastando num dos lados não haver viaturas para se permitir a passagem do outro lado de modo a se evitar engarrafamento”, explicou do Director-Geral da ANE apelando a necessidade de colaboração dos automobilistas em cumprir com a velocidade estabelecida que é de 20 quilómetros por hora e os peões a atravessar pelo espaço reservado para se evitar acidentes.

PONTE REJUNESCIDA
A ponte sobre rio Rovúbuè existe há 60 anos e com os trabalhos da segunda fase (de reabilitação geral de todos os pilares principais e adjacentes e, toda a estrutura da Ponte) que hoje iniciaram, a ANE espera que até Agosto do próximo ano a infraestrutura esteja pronta para resistir à qualquer calamidade natural e que o tempo de vida aumente para mais 30 a 40 anos:
“A ponte tem cerca de 60 anos de existência findo todo o trabalho de reabilitação, inicialmente previsto para Agosto de próximo ano, esperamos que o tempo de uso aumente para por aí 30 a 40 anos, portanto teremos uma ponte completamente nova”, garantiu.

UTENTES E CHAPEIROS “CHOCAM-SE”
Numa verdadeira demonstração de que a alegria de uns gera a tristeza doutros, os munícipes ouvidos pela nossa Reportagem convergem num alívio económico na medida em que:
“Desde o mês de Março gastávamos 60 meticais diários e os nossos bolsos já não aguentavam porque o sofrimento era maior sobretudo nesse lado de dinheiro”, disse Maria Januário, funcionária pública. Enquanto isso para os chapeiros a passagem alternada na ponte gasta tempo e estraga negócio:
“Era preferível até ficar como estava até abrirem as duas faixas porque assim as pessoas gastam mais tempo no chapa a espera da ponte abrir e não só isso vai criar muito engarrafamento nos dois lados”, lamentou um chapeiro que dispensou identificação.

PÓS LABORAL NO MESMO DRAMA
A passagem alternada na ponte Rovúbuè vai funcionar das cinco às 21 horas e, daí em diante a mesma será encerrada para permitir a execução das obras. Entretanto, 21 horas é o tempo em que maior parte dos estudantes universitários largam das suas aulas pelo que a ginástica anterior de procura de transporte vai prevalecer:

“Só espero que os chapeiros não parem de circular com o encerramento da ponte as 21 horas, pelo contrário eles deverão aproveitar essa oportunidade para continuar a ajudar os estudantes e trabalhadores”, disse Mariano João, trabalhador.

O FUTURO DOS METROBUS
Para uns “o negócio de Metrobus acabou” e para outros vão continuar a transportar para continuar a socorrer os munícipes nos dois Conselhos Autárquicos. Ao certo não foi possível apurar se os machimbombos alocados para transportar a preço baixo vão continuar a operar transportando de Moatize à cidade e vice-versa.

O que constitui um facto é que o custo de transporte nos vulgo mini-bus baixou de 60 Meticais para 40 pois a viagem desde hoje passou a ser directa e, por via disso a tarifa voltou à normalidade que é de 20 meticais.

Lembre-se que o custo geral da reparação e reabilitação da ponte Rovúbuè é de perto de 4 milhões de dólares e as obras estão ao cargo da empresa portuguesa Mota-Engil.